Limpeza, 2018. Performance, dur:3h30min.
Cleanning, 2018.
Toda dança abre uma brecha cósmica. O pó é o primeiro e ultimo sinal do tempo. Tempo que tudo transforma e coloca de volta na roda.
Every dance opens a cosmic spark. Dust is the first and the last signal of time. Time that transforms all that is and put its back into the wheel of life.
More about this work in context
This performance envolves a sculpture that was made with the help of time, dust, rain, wind, plants and heat. The sculpture stayed outdoors for 2 years. What once was flat – the wood – became a wave by the influence of time and weather. Marble and granite sat for this period on a flat piece of wood receiving all kinds of interferences so it got very dirty. By the time I was selected to do the solo exibit Things when they are no longer them, I decided that the cleanning of the piece should take place at the Memorial exactly because it is maintained by the mining company Vale that was responsable for one of the most horrible environmental crimes in Brazil – the death of the river Doce and Paraopeba. This piece aproaches the poetic act as an act of healing, sending waves of cure by a mental state and action, so we danced, sang , played (along with my friend and musician Thiago Miotto) and meditated the cleaning of all the stones in the sculptures as a mental way of cleaning all the mass they are making with nature.
Esta performance envolve uma escultura que foi feita com a ajuda do tempo, poeira, chuva, vento, plantas e calor. A escultura ficou ao ar livre por dois anos. O que antes era plano – a madeira – tornou-se uma onda pela influência do tempo e do clima. Mármore e granito ficaram durante este período em um pedaço plano de madeira recebendo todos os tipos de interferências, ficando muito sujo. Quando fui selecionada para fazer a individual As coisas quando não são mais elas, eu decidi que a limpeza da peça deveria acontecer no Memorial exatamente porque é mantida pela mineradora Vale, que foi responsável por horríveis crimes ambientais no Brasil – a morte do rio Doce e Paraopeba. Essa peça aborda o ato poético como um ato de cura, enviado através de ondas mentais, então dançamos, cantamos, tocamos (junto com meu amigo e músico Thiago Miotto) e meditamos a limpeza de todas as pedras nas esculturas como forma de limpar toda a bagunça criminosa que a mineradora esta fazendo com a natureza.
In: As coisas quando não são mais elas, curadoria de Eduardo de Jesus. Foto: André Nakau